O clássico da vergonha...

FC Porto-Benfica, 0-0 (crónica)
Imagem da Net


FC Porto e Benfica jogaram ontem à noite no estádio do Dragão e o jogo terminou da mesma forma como começou. Um empate 0-0. Confesso que esperava ver um bom jogo de futebol patrocinado por duas grandes equipas mas acabei por ficar desiludido, irritado e triste, com tudo aquilo que vi acontecer dentro do campo. O jogo até prometia bastante mas depois foi um autentico descalabro.Vi os dragões a serem surpreendidos por alguma ousadia benfiquista nos instantes iniciais da partida mas a partir do minuto 20 o jogo só teve uma direcção. A baliza encarnada. A partir desse citado minuto o Benfica foi literalmente massacrado pelo poder ofensivo dos azuis e brancos e só um milagre impediu que ele recebesse o esperado golpe de misericórdia e conseguisse sobreviver. O Porto foi pujante e arrebatador e o Benfica foi apenas uma sombra, um corpo presente. Perante a angustia dos portistas, a equipa desperdiçou pelo menos 3 golos de forma totalmente infantil pelos pés de Marega e o Varela, guarda-redes do Benfica, conseguiu evitar pelo menos mais outros 3 com defesas extraordinárias. De tantas vezes que as coisas lhe correram mal e foi protagonista pela negativa noutros jogos tinha logo que armar-se em bom neste. Depois, foi a costumeira máquina do "Polvo" que também foi forçada a entrar em acção neste jogo. Por mais que as forças obscuras do mundo do futebol tentam disfarçar e renegar a sua eventual existência, o desígnio nacional  do "Penta Encarnado" obriga-os constantemente a ter de actuar e revelar a sua presença. De forma totalmente escandalosa o árbitro da partida, Jorge Sousa, fez vista grossa a dois penaltis a favor dos dragões, um devido a uma rasteira oportuna feita pelo Jardel sobre o Marega dentro da grande área encarnada ao minuto 18 e outro por mão na bola de Luisão ao minuto 45, lance esse no qual os espectadores que assistiram ao jogo, fosse no estádio ou pela televisão, foram confrontados com a situação ridícula de ver o árbitro do encontro negar-se a conceder de forma abusiva e inexplicável uma grande penalidade a favor da equipa da casa mesmo após ter consultado as imagens do VAR (video-árbitro) para avaliar a gravidade da falta. Algo verdadeiramente estúpido e surreal. Depois do intervalo, mais um roubo inqualificável. O FC Porto consegue marcar um golo mas o mesmo acaba por ser invalidado pelo fiscal de linha por um suposto fora de jogo que jamais existiu já que os jogadores em falta estavam posicionados vários metros antes da linha de fora de jogo. Não dá para acreditar nisto. Se fossem por causa de centímetros ou de alguma situação que deixasse dúvidas ainda conseguia entender, agora, metros?? Pelo amor da Santa, compreendo o poder da subjectividade e das paixões que cada ser humano guarda dentro de si mas este tipo de coisas não pode jamais acontecer. Estamos a lidar com coisas sérias, coisas que despoletam prejuízos imensuráveis e consequências muito graves em caso de erro, e não de um jogo de solteiros contra casados numa aldeola qualquer. Estou muito desiludido com o Video-árbitro. Ainda tinhas algumas expectativas de que ele viria a ser útil para o trabalho dos juízes mas afinal está-se a verificar o seu oposto. E querem eles fazer greves e ultimatos, coitados, porque a sociedade e o mundo do futebol passa o santo dia a falar mal deles e a chamá-los de corruptos, burros e ladrões. Pudera! Porque é que os árbitros se colocam tanto a jeito? Para que um homem possa parecer honrado é preciso que ele saiba agir de forma honrada, certo? Ora, com uma arbitragem como aquela que assistimos ontem no estádio do Dragão quem é que consegue respeitar o papel dos árbitros? Um trabalho daqueles só dá vontade e liberdade ao povo para que possa cuspir-lhe em cima. Enfim, desde que o Mário Figueiredo foi eleito presidente da LPFP (Liga Portuguesa de Futebol Profissional) e vimos os seus principais órgãos de poder (arbitragem e disciplina) serem transferidos do Porto para Lisboa, acho que estamos a assistir a uma espécie de regresso ao passado. Um regresso aos famigerados tempos Salazaristas onde Portugal tinha que ser obrigatoriamente o Benfica e o resto das equipas não podiam ser mais do que simples paisagens. O tempo onde era o Estado Português quem tinha o poder de designar, através de mecanismos ocultos, quem tinha legitimidade para ser Campeão Nacional naquele ano, de acordo com o melhor interesse da nação. E num país onde existe 6 milhões de benfiquistas....

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A frase mais estúpida que poderá ser dita aqui é: "Para Pensador pensas pouco..."
A mais inteligente é: "És tão lindo Pensador..."